Com essa competitividade exacerbada, a qualidade de vida foi drasticamente alterada: os níveis de stress da população elevaram-se de maneira avassaladora, doenças crônicas relacionadas ao sedentarismo e à má alimentação tornaram-se um problema de saúde pública, e as próprias relações interpessoais foram modificadas. Com o advento das tecnologias, pensava-se que a vida humana seria beneficiada nos quesitos praticidade e conforto, o que proporcionaria um maior tempo de lazer para ser aproveitado em família, já dizia Henry Ford. De fato, houve benefícios, porém, tais avanços acarretaram uma série de consequências , que revolucionaram como um todo o cotidiano dos seres humanos do século XXI.
Em relação ao tempo livre, o mesmo foi "vendido" para grandes corporações, empresas prestadoras de serviço e qualquer outro tipo de ofício, uma vez que sobreviver na esfera capitalista tornou-se sinônimo de passar horas e horas a fio trabalhando. E como o ato de trabalhar passou a ser prioridade, o prazer em viver e a saúde tornaram-se segundo plano: pais não têm mais tempo para seus filhos, que crescem enclausurados, carentes e superficiais, o que caracteriza os moldes das futuras gerações.
Com tanta carência, os filhos crescem sozinhos, e a tendência é que se isolem ainda mais, o que caracteriza um problema já muito preocupante para o futuro da civilização humana: a depressão. Os contatos interpessoais sofreram fortes modificações com o surgimento da internet e redes sociais, de modo que passou a ser cômodo não sair de casa e, por exemplo, conversar com outros indivíduos, pois todas as informações sobre os mesmos estão expostas em algum site de relacionamento.
As soluções para esse novo "mau do século" são tentar recuperar costumes menosprezados, como a prática de esportes, que incentiva a coletividade e um grau saudável de competitividade, uma melhora nos hábitos alimentares e, acima de qualquer coisa, a noção de que viver bem é sinônimo, também, de tranquilidade e bem-estar.
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